José Afonso

Maravilha Maravilha

José Afonso


Maravilha Maravilha 
Venham ver o barco doido 
Sem amarras que o segurem 
Pela porta entra a maré 
Venham ver a barco doido 
Àgua cai pela chaminé 

Maravilha Maravilha 
Já vejo os móveis dançar 
Entra a àgua pela porta 
O telhado vai tombar 
Quando o mar se enfurece 
Andamos em rodopio 
Sobre caminhos de prata 
Correm lágrimas a fio