Jorge Vercillo

Cegueira da Visão

Jorge Vercillo


Por quanto tempo já
Eu percebi, muito que aprendi, não há
Como se fosse um véu
Vendando o céu da imaginação
Vendando os olhos negros de um falcão

O que eu não quero ver, me faz refém
Como um capuz, dentro de mim
Onde a cegueira está, em meu olhar
Ou no que eu nunca vou entender

Voa agora, voa
Nada nos prende

No horizonte a vista se abrirá
E se quando eu perceber
Mesmo tarde quando eu perceber
Que por dentro não tem fim
Vales, nuvens, raios, céus e mar

Pro falcão que há em mim
Tudo irá descortinar
Se por dentro não tem fim
Se por dentro não tem fim

Por quanto tempo já
Eu percebi, muito que aprendi, não há
Como se fosse um véu
Vendando o céu da imaginação
Vendando os olhos negros de um falcão

Voa agora, voa
Nada nos prende

No horizonte a vista se abrirá
E se quando eu perceber
Mesmo tarde quando eu perceber
Que por dentro não tem fim
Vales, nuvens, raios, céus e mar

E o capuz dentro de mim
Foram tantos anos pra notar
Veda os olhos do falcão
Veda os olhos e o imaginar

E se quando eu perceber
Que por dentro não tem fim
Vales, nuvens, raios, céus e mar

Pro falção que há em mim
Tudo vai descortinar
Se por dentro não tem fim
Se por dentro não tem fim