Jorge Trevisol

Milonga Sincera

Jorge Trevisol


Vou contar numa milonga
Certas coisas que agredido
São histórias que me sobram
Ou perguntas que eu repito
É que tudo tem seu tempo
Seu lugar e sentimento
Pra dizer o que se pensa
Não precisa ir contra o vento

Caminhar na incerteza
É talvez o jeito certo
De pisar com mais firmeza
Na areia do deserto
A verdades que não mudam
Por que não se muda a estrada
Não se fazem mais perguntas
Que atingem a mandala

Para a careta que eu vou
Para esse trem que chegou
Quero embarcar nesta história
Que tem a cadência do amor

Para a careta que eu vou
Para esse trem que chegou
Quero embarcar nesta história
Que tem a cadência do amor

Tudo mundo tem direito
De pensar o que pretende
Cada qual tem lá seu mundo
As ideias que defende
Mas vai ter de vir a hora
De acordar a consciência
Para além de toda a orla
Duvidar do que se pensa

Quem não sai da própria casa
Desconhece o mundo novo
Mais se não voltar pra ela
Vai perder o próprio bojo
Quando as asas se alargam
É preciso voar longe
Do contrário a própria alma
Vai perder seu horizonte

Para a careta que eu vou
Para esse trem que chegou
Quero embarcar nesta história
Que tem a cadência do amor

Para a careta que eu vou
Para esse trem que chegou
Quero embarcar nesta história
Que tem a cadência do amor

Certas coisas aprisionam
Até mesmo a liberdade
Quando acaba um grande sonho
Morre a felicidade
Não há nada mais bonito
Que o caminho da verdade
A que se cuidar do sonho
Pra colher eternidades

Para a careta que eu vou
Para esse trem que chegou
Quero embarcar nesta história
Que tem a cadência do amor 

Para a careta que eu vou
Para esse trem que chegou
Quero embarcar nesta história
Que tem a cadência do amor