A cena nativa Faz parte da vida De um povo com brilho Raça que não morre Porque o sangue corre Nas veias do filho Na velha calçada De folhas tombadas Ao sopro do outono Um homem do pampa Reponta na estampa Conchadas de sono O baile foi bueno Alegre e sereno Rodeado de amigos Cruzando a neblina O cheiro da china Carrega consigo Encilha o cavalo E o timbre do galo Clareia o caminho Buscando sossego Revoam morcegos Pro antigo moinho Nesta geografia De paz, de poesia Lá vai o charrua Na guarda do pingo Um cusco latindo Pra um resto de lua (A cena nativa Faz parte da vida De um povo com brilho Raça que não morre Porque o sangue corre Nas veias dos filhos Rio Grande de outrora Rio Grande de agora Rio Grande de sempre Na sina campeira Na cor da bandeira É o Rio Grande da gente) Batendo na marca Vai junto ao monarca A história distante Reduções missioneiras Farrapos, fronteiras Heróis imigrantes Murmuram nas esporas E os cantos de aurora Acordam o paisano E vê que a querência Não muda a essência No passar dos anos Churrasco, rodeios Mateadas, floreios De gaita e violão Trabalho irmanado Na luz do povoado E na paz do galpão Rio Grande é beleza Eu tenho certeza Você me entendeu E quem é da terra Morre pela terra Que tanto lhe deu (A cena nativa Faz parte da vida De um povo com brilho Raça que não morre Porque o sangue corre Nas veias dos filhos Rio Grande de outrora Rio Grande de agora Rio Grande de sempre Na sina campeira Na cor da bandeira É o Rio Grande da gente)