Tô louco de apaixonado Só pensando numa prenda Enxergo ela por tudo Que é canto lá da fazenda Vejo seus olhos no campo Cada vez que me enforquilho E o seu perfume me chega C'o floração do espinilho Conto os dias da semana Torcendo que chegue ao fim Pra que ela reconheça Alguma bondade em mim A família não descuida A velha nunca dá val E o velho me cumprimenta Mais cero que um urutau E o velho me cumprimenta Mais cero que um urutau Não tenho medo de raio, de vento, nem de trovão Nem de cavalo velhaco, de touro, tiro ou facão Mas, quando ela me olha, parece que perco o chão E um sestro me ronda o pátio da alma e do coração Não tenho medo de raio, de vento, nem de trovão Nem de cavalo velhaco, de touro, tiro ou facão Mas, quando ela me olha, parece que perco o chão E um sestro me ronda o pátio da alma e do coração E um sestro me ronda o pátio da alma e do coração Tomo um banho caprichado Que quase dura uma hora Depois de deixar brilhando Até a roseta da espora Visto a pilcha domingueira E largo sem cerimônia E até meu Gateado Pampa Vai recendendo à colônia Chego faceiro no povo De pingo bem encilhado Sou simples, mas tenho a balda De sempre andar bem montado Muita guria me olha Mas mil, só uma janela Que o mundo inteiro se apara Quando eu estou perto dela Que o mundo inteiro se apara Quando eu estou perto dela Não tenho medo de raio, de vento, nem de trovão Nem de cavalo velhaco, de touro, tiro ou facão Mas, quando ela me olha, parece que perco o chão E um sestro me ronda o pátio da alma e do coração Não tenho medo de raio, de vento, nem de trovão Nem de cavalo velhaco, de touro, tiro ou facão Mas, quando ela me olha, parece que perco o chão E um sestro me ronda o pátio da alma e do coração E um sestro me ronda o pátio da alma e do coração E um sestro me ronda o pátio da alma e do coração