Bigode de bom tamanho, costeleta meia cara Melena de Tapejara, da cor morena queimada Trazendo poeira de estrada misturada no suor E um jeito de domador do chapéu da aba dobrada Na Semana Farroupilha, eu saio na campereada Recruto, na manada, uma tropilha de rima Encilho, pulo pra cima, dou um rechego na memória Deixo cravado na história num dedilhado de esgrima Por ser campeiro de fato, das lidas, conhecedor No lombo do corredor, onde branqueei as melenas Eu venho cantando cenas de existências passageiras Golpeando as duas ilheiras da velha gaita pavena Por ser campeiro de fato, das lidas, conhecedor No lombo do corredor, onde branqueei as melenas Eu venho cantando cenas de existências passageiras Golpeando as duas ilheiras da velha gaita pavena Agora, por muitos anos, vai ventilar a existência De quem passou na querência garroteando a madrugada Sovando lombo de estrada, tropeando e tomando trago No alcatroam deste pago desta pampa colorada E esses versos crioulos que têm tudo deste quera Ficará' nas primaveras, cruzando aos a fio Esta mão que lhe pariu, de repente, a terra come Mas este verso, em meu nome, ficarão deste feitio Por ser campeiro de fato, das lidas, conhecedor No lombo do corredor, onde branqueei as melenas Eu venho cantando cena de existências passageiras Golpeando as duas ilheiras da velha gaita pavena Por ser campeiro de fato, das lidas, conhecedor No lombo do corredor, onde branqueei as melenas Eu venho cantando cena de existências passageiras Golpeando as duas ilheiras da velha gaita pavena Eu venho cantando cena de existências passageiras Golpeando as duas ilheiras da velha gaita pavena