De corpo nu, com penas e plumas Vão os índios, livremente aos cauís Dançam a terra e o mar Com a magia e a riqueza dos tupis Baianas, lindas baianas Giram num compasso à maestria Formando um arco-íris de Iaiá Num vulto fascinante de alegria Foi lá no Maranhão Em missão semi-oficial Que a côrte de Yves e Claude chegou Pra fundar a França equinocial O paraíso que à corte encantou La torche com seu forte Originou a capital As terras e a gente do lugar É poesia que me faz cantar Caminhos que eu aprendi Prendi meu grito para o mundo ouvir As senhoras das senzalas contam estórias De lendas e assombrações Rainha deusa, serpente prateada Escravos encantados, transformou Nha-iansã condenada por Xangô A viver no fogo eterno para sempre Tornou-se herói o guerreiro Maíra Com o efeito místico de toda a região Vem a nós Águia dourada Nos salva da escuridão Quem conta um conto, aumenta um ponto Nessa lenda de vestal Que em meu sonho de alegria Se fez folia no meu (neste) carnaval