Jorge do Mundo

Castelos de Fúria

Jorge do Mundo


Fuja da sua fuga
Novos castelos de fúria
Vida, escolhas são espinhos
Quem fere com fogo é ferido

Cegaram o rufar dos tambores
Secaram todas as flores
Rezam pelo Paraíso
Esqueceram onde moram os índios

Ao chegarem lá
Construíram novo lar
Plantando semente da discórdia
Esquecemos quem somos
Esquecemos que podemos
Mudar o rumo da história

Dia a dia a correr perigo
Cuidado pra não virar meu amigo, meu amigo
Afaste de nós o teu cálice
Se não souber falar então cale-se, cale-se

Movimentos modernos
Engrenagens da rotina
Se soltar parafusos qualquer um pira
Preconceito, conceito, pré estabelecido
Não contrarie seu sexto sentido

Selva de pedra, pedra podre
Da cidade dos horrores
Selva de planta, planta prantos
Da cidade dos encantos

Salva minha pele, salva meu castigo
Gritar socorro como último aviso
Salva de palmas pra aquela gente
O dia inteiro deitada, ainda se faz de carente

Os lobos acostumaram a se alimentar no escuro
Esconda-se em algum lugar seguro
Ao chover ácido ficamos sem movimento
Já está próximo o fim dos tempos