Cai a noite como uma cortina Que se fecha no palco da vida Sai a Lua por traz da colina Como alguém que chorou na partida Gotas das água brilhar cristalina É o orvalho na mata Florida A trandosa paineira se inclina Sobre o rancho de beiras caída Onde um homem cumprida uma sina Deita e dorme e acorda em seguida Sobre a ponte banhada em neblina Passa o dorso da mão dolorida É o leal lenhador que cumprida A tarefa que alguém determina Tal e qual uma folha caída Entre aroma de flor e resina Busca em sonho a esperança perdida No ranchinho que a Lua ilumina De repente desperta e duvida Ter ouvido a canção matutina Da araponga na mata escondida Banha o rosto e sono domina Com o machado nas costa revida O cansaço e começa a rotina É mil toras de lenha partida Pra deixar quando o dia termina E mais tarde já sem as urtiga Pra entregar no armazém da esquina Para os filhos trazer a comida Lá da vila de gente granfina É o leal lenhador que cumprida A tarefa que alguém determina Tal e qual uma folha caída Entre aroma de flor e resina Com o machado nas costa revida O cansaço e começa a rotina