A vida valeu, mas será que era pra ser assim Sofrimento do principio ao fim A uma dor seguida de outra dor Não resistiu o amor A vida valeu, mas viver em solidão a dois, a dois Fez sangrar um coração depois, muito depois Fez secar a flor fruto e raiz de todo bem que fiz Hoje eu, depois do vendaval me sinto imune ao mal Pois Deus não pune a quem se deu Ela que ironia, borboleta cega Fui a luz do seu dia, sou cruz que ela ainda carrega E a mulher que foi minha paixão Hoje de mão em mão, chora por quem já não lhe quer Ao seu mudo grito, reflito em minha mente Ninguém deixa um poeta impunemente Ao seu mudo grito, reflito em minha mente Ninguém deixa um poeta impunemente Mas a vida A vida valeu Ah, é claro que valeu gente Por causa de swing, vou mostrar pra vocês Meu primeiro samba gravado Vamo' lá minha gente, canta comigo Lá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, laiá Laiá, laiá Laiá, laiá (lê, lê, lê, lê)) Laiá, laiá, laiá Laiá Malandro Eu ando querendo Falar com você Você tá sabendo Que o Zeca morreu Por causa de brigas Que teve com a lei Malandro Eu sei que você Nem se liga no fato De ser capoeira Moleque mulato Perdido no mundo Morrendo de amor Malandro Sou eu que te falo Em nome daquela Que na passarela É porta estandarte E lá na favela Tem nome de flor Malandro Só peço favor De que tenhas cuidado As coisas não andam Tão bem pro teu lado Assim você mata A rosinha de dor Lá, laiá, laiá laiá Laiá laiá laiá Laiá, laiá Laiá, laiá Laiá, laiá, laiá Laiá Malandro!