Olha a noite, olha a noite Eu sou um pobre jornaleiro Que não tenho paradeiro Ai de quem tem vida assim! Digo adeus a toda gente Às vezes triste e doente Ninguém tem pena de mim Eu vivo sempre a sofrer Oh, que destino é o meu Eu vivo sempre jogado E bem amargurado Oh que sorte Deus me deu! Olha a noite, olha a noite Quando o sol vai se escondendo Eu vou me entristecendo Correndo pra redação E lá venho carregado Com as folhas a meu lado Cumprindo com a minha missão Olha a noite, olha a noite! Olha a noite, olha a noite Eu vivo sempre a sofrer Oh, que destino é o meu Eu que fui sempre enxotado Vou vivendo amargurado Oh, que sorte Deus me deu! Eu vivo sempre a sofrer Oh, que destino é o meu Eu que fui tão maltratado Vou vivendo amargurado Oh, que sorte Deus me deu!