Um velho banco de madeira Que ele achou num resto de demolição Dizia estar em bom estado E a cor azul ele mesmo pôs Nesse banco de madeira Sentava com seu filho para conversar Contar histórias engraçadas E velhas canções que não se ouvem mais Que atire a primeira pedra O Pedro Malazartes e a Mulher de Verdade O Causo do Lubisomen E o padre fofoqueiro na linha do trem Ele está na minha sala Daqui ele só sai quando eu morrer Sento nele e fico pensando Que droga de pessoa é que eu sou agora? Tenho ele no pensamento Quando sento no banco para descansar Agarrado a nesse banco Chorando em desespero vi ele partir Não queria acreditar No fundo eu sabia não o veria mais Ele não imagina A falta que ele me faz Não sou mais criança Por isso me sinto perdido Se eu segurasse a mão dele Mesmo perdido, ficaria em paz Pai que pena, eu não pude te dizer te amo