Não era mais uma noite Supliquei por tua luz Sussurrei aos ventos Em busca daquele afago Não era mais um pedido Nas sombras estava vagando Lágrimas não dizem onde seguir Uma parte de mim jaz aqui Minhas palavras estão tão vazias quanto eu Bebi e me embriaguei de fantasias Apunhalado pela realidade Agora vejo no abismo, minha oportunidade de voar Eu não preciso de uma vida Minhas janelas abrem para o passado Passagem mórbida, sombria Desejos corrompidos Quem eu fui, quem eu sou Aquele que lhe fez viver Ou aquele que nos matou Portas sombrias, eis que atravesso No âmago de minha sensatez Eu caio de joelhos Sem choro, sem sorriso, sem força Eis o abismo, minha oportunidade de voar