Remo no asfalto por ruas suicidas No Centro há um porto, o porto solidão Os grafites gritam com voz de amaralina A justiça é cega mas sua balança Vejo velhas fardas vendendo nossas guerras Um peso e duas medidas pr'os sem educação Toda vez que tento me levantar em seguida Chega alguém de terno com vara de condão Paz armada pr'os que não tem luz Uma praça pr'os que não tem água Batom vermelho pra quem não seduz Uma mortalha pra quem não se cala É isso que eles querem É isso que eles são É isso que os enriquecem E o que não abrem mão Na América do Sul transplantam ingratidão No 601 é muita emoção Remo no asfalto por ruas suicidas No Centro há um porto, o porto solidão Os grafites gritam com voz de amaralina A justiça é cega mas sua balança Quando o anticristo bater a sua porta Vote nulo e reze pra Deus interceder Todo o sacrifício é o que mais importa Quando é a gente que faz acontecer Paz armada pr'os que não tem luz Uma praça pr'os que não tem água Batom vermelho pra quem não seduz Uma mortalha pra quem não se cala É isso que eles querem É isso que eles são É isso que os enriquecem E o que lhes dá tesão A América do Sul é um amor de Platão No 601 é muita onda, irmão