Humanos plásticos perdidos na selva São sensíveis soldados na vitrine das ruas Vivem em seu mundo lúdico, um faz de conta perfeito No planeta estreito e descartável Um minuto de flash, uma dose de alegria Estampado no rosto uma selfie de tristeza coletiva No vermelho batom sem cor, cores e marcas sem amor Nunca esteve tão robusto os olhos do mercado Amenizando a flácida imperfeição da vida Nada disfarça as olheiras de uma noite perdida Em meio a manchas e cicatrizes Uniformizado de pó Para os olhos atração Para o dia um lápis Contemplando o nada na sombra No vazio profundo da dor Um aroma sem odor, um teatro real Um exibicionismo solitário Vivemos a época do blush Época do blush Época do blush Vivemos a época do blush Época do blush Época do blush Época do blush