Joelho de Porco

Rebelião no Carandiru

Joelho de Porco


Foi no mês de dezembro de oitenta e um
Eu 'tava cumprindo pena no Carandiru
(No Carandiru!)
Eram quatro da manhã
Quando a coisa começou
Uma bomba explodiu
E no fundo alguém gritou
"É uma rebelião...
E uma rebelião...
É uma rebelião..."
No presídio estadual
(No Carandiru!)
Os "homi" chegaram
E começaram a barbarizar
Enquanto os nossos reféns
Choravam de arrepiar
(De arrepiar!)
O chefe deles falou
"Vamo acabar com o carnaval
Senão vocês todos perdem 
O Indulto de Natal!"
(Com essa rebelião...)
Com essa rebelião...
(Com essa rebelião...)
Com essa rebelião...
(Com essa rebelião...)
No presídio estadual
(No Carandiru!)
Quarenta horas depois
Foi que a coisa terminou
Enterramos os "de cujus"
E o presídio descansou
Ficou tudo numa boa
Mas todo ano é sempre igual
É só chegar dezembro
E a semana do Natal
(Sempre tem rebelião...)
Sempre, sempre ...
(Sempre tem rebelião...)
Sempre tem rebelião...
(Sempre tem rebelião...)
Sempre tem rebelião!
(No presídio estadual...)
(No presídio estadual...)
(No presídio estadual...)

No Carandiru!