Eu já fiz o meu ranchinho Na beira do rio Tietê Lá que eu vou morar sozinho Sem ninguém me conhecê Quando chega de tardinha Que começa a escurecê O cantar dos passarinhos Faz meu coração doê Eu moro lá num deserto Bem distante de você Por causa desta ingrata Que não quis me obedecê Hoje ela vive tão longe Eu aqui vivo a sofrê A cigarra canta triste Acompanhando o meu vivê Todo dia bem cedinho Na hora do Sol nascê Fico na beira do rio Olhando as águas corrê Naquelas águas serenas Eu vejo a garça descê Representa o retrato De quem não posso mais vê Sei que vou viver sozinho Até quando Deus querê Quem passá no meu ranchinho Uma lembrança pode tê O cantar dos passarinhos Eu já pude compreendê A saudade de quem ama Sara só quando morrê