Não segui as mesmas setas, manjadas, facetas repetidas Mal nutridas por palestras máscaras mal fabricadas Metas traçadas dependentes da caneta Brincando de ser poeta criando imagens com letras E o rodrigo pensa, qual vida me leva ? No momento em que o joe sujera levanta do banco de reservas Veste a camiseta sabe que não pode dar brecha Fecha o punho mata na coxa ajeita e mete na caixa O sol não nasceu pra mim? não tenho medo de tempo feio Pra quem cria barreiras, dois dedos do meio Caí levantei ja perdi ja ganhei me iludi me ralei e a cura é a paixão Que me deu um caderno um tempinho no inferno um sonho eterno e dedicação Escondidas por timidez, mais de dez ele ja fez Em menos de um mês já com um bolo de papéis E por não fazer lição taxaram de vagabundo O menino que na sua mente criou mundos e matou reis Manobrista de vivencias, registra, congela o tempo Vê a vida como um papel, veio pra por tinta na tela Nunca dei boi pra chiuaua, esses se perdem com as cadelas Enquanto batiam portas na cara eu entrava pela janela Cospe o sentimento, cru como ele é, não gela Sem maquiagem, ri ao relar num tabu Um tapa e um cafuné, eu mando tomar no cu Uns rap até te impressiona, o meu aciona o samu Desencana da linha torta, corta, faz de novo Aprendi da forma dura, não plantei rap em horta Plantei atitude, caráter, diretrizes Hoje as árvores são grandes mas dependem das raízes Geografia ou poesia? há, fiquei abaixo da média Põe cds na prateleira e vai tirando enciclopédia Duas rédeas ao mesmo tempo, escreve e estuda Põe a beca pra formatura, e por baixo o chinelo e a bermuda Sigo aqui na arena, até me divirto com leões O coração ainda se expõe, com melodias e canções Lembro das palavras de um sábio pra eu correr atrás de sonhos Com cuidado componho, sei que existe uma linha frágil Entre agradar e ferir, entre sorrir e chorar Sei que falar, sei que pensar, exige um sexto sentido hábil Fácil? (hehe) de frases e fases sempre eficazes Lápis borracha quando flow encaixa, flutua tranquilo no kick e na caixa Diziam: “quem escreve porcaria complica a vida” E a cada verso escrito um bilhete em negrito que a nota ta baixa Tem siriri buscando luz, outros são vagalume Enquanto abaixavam minhas notas eu aumentava o volume Passos largos, erros, rasgos, papéis amassados em volta de mim São folhas e mais folhas foi feita minha escolha, só escreve e grava? não é tão fácil assim Passos largos, erros, rasgos, papéis amassados em volta de mim São folhas e mais folhas foi feita minha escolha, tantas noites em claro, é uma história sem fim Passos largos, erros, rasgos, papéis amassados em volta de mim São folhas e mais folhas foi feita minha escolha, eu e meu caderno não to nessa “sozim” Eu vou levar, esses papéis onde for E vou guardar, amassados ou não Vem e vão, na memória ficarão E com o tempo, eu vi como mudou Pensamentos, que hoje não voltarão Vem e vão, na memória ficarão