Num tanguito alpargateado Me despeço do bailão Sobram xucros nas estâncias Pra se fazer' redomão E faltam prendas no pago Pra domar meu coração Sábado de manhãzita, repasso meu redomão O sereno molha o campo, minha estampa de centauro É um vulto na serração O Mouro já tá domado, vou entregar ao patrão O Mouro já tá domado, vou entregar ao patrão De vereda, faço o vale, meia doma, vou cobrar A outra metade é lei, recebo após enfrenar Na sanga, eu lavo as mágoas me encharco de água de cheiro Me encharco de água de cheiro e, na vila, vou bailar O gaiteiro é dos bueno' Crioulo lá de Santana E o guitarreiro, por certo Da mesma terra pampeana E as loira' ou morena' Não importa d'onde vêm Pois, quando vou nos fandango' Não sobra pra mais ninguém O gaiteiro é dos bueno' Crioulo lá de Santana E o guitarreiro, por certo Da mesma terra pampeana E as loira' ou morena' Não importa d'onde vêm Pois, quando vou nos fandango' Não sobra pra mais ninguém Aí que eu me refiro Talvez, seja a minha estampa de domador fronteiriço Ou, talvez, quando eu nasci, me puseram algum feitiço Eu tenho azar no jogo, sobra sorte pros cambicho' Eu tenho azar no jogo, sobra sorte pros cambicho' A noite, que era longa, com juras pra vida inteira Pintou-se o adeus da Lua que me espiava na janela Talvez, se mandou com ciúmes, pois eu bailava com todas Pois eu bailava com todas e nem olhava pra ela E o gaiteiro? O gaiteiro é dos bueno' Crioulo lá de Santana E o guitarreiro, por certo Da mesma terra pampeana E as loira' ou morena' Não importa d'onde vêm Pois, quando vou nos fandango' Não sobra pra mais ninguém O gaiteiro é dos bueno' Crioulo lá de Santana E o guitarreiro, por certo Da mesma terra pampeana E as loira' ou morena' Não importa d'onde vêm Pois, quando vou nos fandango' Não sobra pra mais ninguém Pois, quando vou nos fandango' Não sobra pra mais ninguém Pois, quando vou nos fandango' Não sobra pra mais ninguém