(Chamamé) Ajeito a cavalhada antes de pôr no serviço Engorda como todo o viço e a graxa do parronal É por costume o ritual de passar toda a tropilha Dois dias antes da encilha no modo tradicional Na forma passo o cabresto E boto um toso ajeitado Parelho meio encurvado Direito ao pega-mão Que é a garantia pra um peão Buscar a volta certeira N'alguma égua ligeira Com cismas de redomão A cola aparo pra lida Pouso abaixo do garrão Pra camperear no rincão De algum potreiro encharcado Quatro galho bem atado Se acaso é dia de festa E um chapéu de encontro a testa Com jeitão bem retovado Os casco tenho cuidado De cortar no outro dia Tradição ou garantia Da campeira gauchada Se soltar a cavalhada Pra aproveitar o sereno N'algum potreiro pequeno Pouco pasto boa aguada Então pingo dos buenos Que mal pisa no capim Alma e essência pra mim Num par de rédeas na mão Um cavalo é um coração Que pulsa por próprio luxo Dentro de um peito gaúcho Por orgulho a tradição