Uma milonga fronteira Nasce dentro da alma Então o loco se acalma Se abanca pra escuta Milonga é sentimento É mais profundo lamento Se destapa a bordonear Uma milonga fronteira Feita assim sovando basto Esfrega o bucal pasto Até pela o potreiro Não é qualquer um que canta Tem que te fé na garganta É por certo ser fronteiro Essa milonga fronteira Dentro paz ginetiadas De contra ser rendada Q vai batendo o cincerro Milonga dedo da gena Com cantar de nazarena E um trotão de cruzar cerro Quando se a chega lembranças Na sombra de uma ramada A índia da trança atada Por certo Adoça suas rimas A milonguita da fronteira Que canta égua caborteira E o olhos lindos da china Uma milonga fronteira Nasce dentro da alma E até um loco se acalma Se abanca pra escuta Milonga é sentimento É mais profundo lamento Se destapa a bordonear