Joca Martins

Milonga Fronteira

Joca Martins


Uma milonga fronteira
Nasce dentro da alma
Então o loco se acalma
Se abanca pra escuta
Milonga é sentimento
É mais profundo lamento
Se destapa a bordonear

Uma milonga fronteira
Feita assim sovando basto
Esfrega o bucal pasto
Até pela o potreiro
Não é qualquer um que canta
Tem que te fé na garganta
É por certo ser fronteiro

Essa milonga fronteira
Dentro paz ginetiadas
De contra ser rendada
Q vai batendo o cincerro
Milonga dedo da gena
Com cantar de nazarena
E um trotão de cruzar cerro

Quando se a chega lembranças
Na sombra de uma ramada
A índia da trança atada
Por certo Adoça suas rimas
A milonguita da fronteira
Que canta égua caborteira
E o olhos lindos da china

Uma milonga fronteira
Nasce dentro da alma
E até um loco se acalma
Se abanca pra escuta
Milonga é sentimento
É mais profundo lamento
Se destapa a bordonear