Postado na esquina destas vidas Tontas de ilusões embriagadas O bolicho povoeiro, marginal Alenta mortes nesta viva madrugada Desesperam esperanças calejadas Nas razões deste vinho tão amargo Há sangue entre charlas miseráveis Pela noite resumida em tragos largos Teu braço campeiro, hoje, sem lida Por obra de um destino maltrapilho Vai nos bolichos comprar direitos mortos Roubados de teus olhos já sem brilho Aqui, os teus saberes de nada valem A cidade, teus sonhos, ignorou É mais um que perdeu-se por perder-se Dos caminhos que a mãe terra lhe traçou Bombacha gasta, alpargata a meio pé Além de causos de domas e pealos São os resquícios da história do centauro Que extraviou-se de sua metade cavalo No rádio, uma vaneira tem insônias Fala de campo, potros, berro de boi Por um instante, relembra de quem foi Logo depois, já não sabe mais quem é