(Milonga) Marugadita friolenta, Ponchito que o agosto tece, Pelo orvalho das canhadas O resto da cavalhada, Então acha o que lhe falta Sobra menos pra campear, O resto o tino alcança Pelo jeito de olhar. Depois o mate do estribo, E as aves emplumadas, Se adentram nas invernadas Rastreando o serenal, Vão recolhendo horizontes, Esparramando gargantas, Pelo grito até levantam As nesgas de serração Vão troteando nestes fletes, Alarmando a sesmaria Coração de campeirito E filho destas estâncias, Amante da montaria, Sabe que Deus algum dia, Lhe regala algum cantito Pra ajeita sua tropilha. E o mourito cor de prata Relíquia do capataz, Vai troteando e é ligeiro Com força de milharal, Se atira e até se nega Nervura masrcando o pelo, Parece que parte ao meio A terra negra onde passa. Um tordilho oriental, Uma tronqueira, sustenta, Pecha o boi pela paleta, Facilita ate se quebra, E um rosilho de guerra De encantar comandante, Quando cincha é um palanque Enraizado na terra No más é só solidão Nestes campos, nestas várzeas, Cada sombreado de mato, Cada canto, cada aguada, Lhe resta esperar a noite E o luzeiro das estrelas, Imaginando seus olhos Na constelação mais bela