Sob o sol da minha existência , arralbadeira conforme a vontade Me serve um mate "pampa-minha" nesta vidinha que me destes... Antes que embeste a novilhada pra o mundo alheio das porteiras Saúdo a poeira destas crinas que me arrocinam sujeitando... E da garupa de um cavalo faço um regalo a ventania Que na poesia dessas léguas tomo por rédeas e conselhos Chamo no freio a coisa braba, o tempo é feio, mas o que importa Quando se engorda na invernada, não falta nada pra quem baba De focinho levantado e mais curioso! Afim de ir, à estância do passo Na direção de casa costeando o arvoredo O meu desespero porfia com a tropa Fazendo o que gosta ao sul de mim mesmo! E todo bem que havia maneado ao destino Divide caminho com a rês que amadrinha O rio que não via, mimando de sede a minha saudade! Na revisão dos meus afazeres rememorados conforme a manada Vou ressabiando afeito a fadiga as horas mingas de sossego... Talvez melhore durante a sesteada sou de onde mais me agrada a campanha Tamanha alma de horizonte ali de fronte aos cinamomos... Já não habita a teimosia, atropelando o meu rodeio Quando me agüento no forcejo pra erguer no laço os caídos... Não me lastimo nem receio, vou pelo meio do sinuelo Tocando manso os mais ariscos Só pelo vicio de por quartos, cuidar do gado, Rondando o baio que amanuseio!