Foi depois do golpe seco da aporreada rabicana Que sem clarim de campana se findou a montaria, Mescla de bufo e de poeira contra o chapéu planchado E um ginete descontado até o fim de seus dias. Mas ginete e aporreado são igual loro e estrivo São vivos num corcoveio, dependendo um do outro E agora este sulino que surrou tanto matreiro Faz vida de tropilheiro pelos refugos de potros. Vive campeando malos, que buenos serão em pista Na lista dos afamados, velhacos e sentadores, Na ciência de quem conhece, no tino de homem campeiro, Que a sorte de um tropilheiro é o culo dos domadores. Sobram as baldas dos livres nos tauras desta tropilha, Que são quase uma família, cada qual com seu defeito Na gurupa ou puro pelo tapeando o próprio ideal, Basto aberto ou oriental de espora no osso do peito. Por terem alma de gato enxergam mesmo vendados Já sabendo dos mandados depois que o rebenque pega, Alegrando um ginetaço num corcóveo caborteiro E tal qual um tropilheiro, são o avesso da regra.