Sem outro destino que andar e cruzar Eu sou peregrino de nenhum lugar Meu rumo conduz pra onde não sei Atrás de uma luz que eu mesmo apaguei Meu verso bagual destapa horizontes Na busca da fonte de um canto inicial E a musa campeira que dorme em meus braços Se acorda aos chispaços da estrela boieira Não tenho mais nada, nem rancho, nem china Meu rumo termina no lombo da estrada E só o que me resta é um flete reiúno Gateado lobuno, estrela na testa Repecho e lançante que a lei determina A geada na crina e as mágoas por diante.