Está chovendo, eu mateio, no meu galpão de espinilho Alargo a mente de xirú andarilho e me perco a rememoriar De adonde veio esta ansiedade xucra de mudar de trilho E essa tendência braba de bandear rio cheio Está chorando a cordeona nos baixos e nas ilheiras E o mate amargo me fala de fronteiras, de lanças De clarins e de choronas, do meu destino de guardião Dessas bandeiras que foram glórias das querências chimarronas Pingo, cordeona e chuva, três heranças que não tem dono Nem sinal, nem marca, nem querência, nem comarca Mas são meus fletes de tropear lembranças Meu pingo está relinchando e se agrandam as retinas Das inquietudes de xirú brasinas Quando se lembra que viveu peleando De parceria com este irmão de crinas Hoje um pretexto pra morrer cantando!