Veio da mesma vertente da velha estirpe chilena Sob a orientação serena do Vilson Souza experiente O melhor do continente na doma e no arrocino Coisas além do ensino que só vivendo se alcança Com toda a certeza a herança de algum centauro beduíno O nobre flete rosilho de cabeça requeimada Evoca uma paleteada quando o pago era potrilho Do primitivo novilho alçado no campo nu Onde Sepé Tiarajú na manta de algodão Projetava no futuro o primeiro "paisandú" Rosilho que quando anda fica mais leve que o vento E apenas no pensamento uma criança comanda Quando tranqueia se agranda pisando a grama por farra Daqueles que quando esbarra deixa um ponteio no ar E a gente chega a escutar um rasguido de guitarra Ganhou seu primeiro freio mostrando como era touro Pois ganhar um freio de ouro neste Rio Grande é um asseio Ali no parque de Esteio, na barranca do Guaíba E subindo mais arriba como quem sobe pra o céu Trouxe o segundo troféu dos pagos de Curitiba O freio internacional com Vilson Souza de novo "La maula" que me comovo com esse amigo fraternal O rosilho sem igual que nuvem nenhuma encobre Onde concorre esse nobre acaba sempre vencendo E o povo fica sabendo: -não existe china pobre Vilson Souza, Don Osvaldo, dois índios garrão de tuna Eu não invejo fortuna mas nessa lida me empardo Pelo respeito que guardo ao carisma dessa marca Porque esse flete monarca é do pêlo que eu encilho Um dia o mundo tordilho vai acabar afundando E eu quero escapar nadando no lombo desse rosilho!