Sou alma e estampa cruzando a querência Vou seguindo o rastro do meu estradear Levo sempre por diante toda a minha essência E de tiro a saudade gaviona de cada lugar Quero tapear na testa o aba larga agora E tinindo esporas apear no galpão Venho corpo leviano se chora a cordeona Pra um namoro junto às querendonas do meu coração Banco o morito no freio bueno e campeiro se faz O rebenque no cabo da faca, um palita atirado pra trás "Buenas noches" do jeito fronteiro Pra um baile grongueiro, me achego no más Sei que a noite é potra e atropela as horas No rastro da aurora cruza a solidão Mas levando o corpo na linda morena Vou firmando o compasso marcado deste milongão Quero alçar a perna e a trote largo Ir batendo o casco pelo corredor Pra noutro domingo cruzar a querência com a estampa gaúcha de sempre no rumo da flor