Não sei por que minha alma sempre tenta desvendar as coisas que só o tempo pode vir a nos contar... Será que padece mais quem escuta o coração, se vale à pena entregar-se por inteiro a uma paixão? Não sei nem se sou poeta e autor deste poema, ou se só sirvo de ponte pra inspiração suprema... E muito menos se o tempo me reserva melhor sorte no dia de responder-me se há vida após a morte... Não sei se é justo os homens julgarem os seus iguais, nem por que brigam por coisas que logo não terão mais. Se o impossível existe ou o homem por descrença faz possível, o impossível ser pra ele uma doença... Só sei que por mais que ande não terei todas respostas, e que ao ler os olhos alheios mais a verdade se mostra, que os sentimentos da gente não reconhecem as leis e também que "não sei nada sobre o que acho que sei..."