Mais uma noite e eu aqui sozinho Pensando nos motivos do qual eu caminho O mundo grita, mas ninguém escuta O corpo sente, mas minha alma é muda Ponteiros giram e eu me guio sem bussola O tempo avisa que a vida é morte súbita Devaneios na minha mente que tenta ser lucida Na jornada que é incerta e não me resta duvida Regando plantas que compõem o jardim Molhadas de sangue e cheiro de jasmim Brilham reluzentes como rubi Os olhos do felino que olham pra mim Inocente em meia a natureza Expressivo, não esconde sua pureza Imprevisível, agi na sutileza O mundo é pequeno para a sua preza Sem limite eu sigo o horizonte E não vejo ninguém de cima desse monte Sei que caminhei pela estrada mais longe Mas me tornei mais forte e calmo como monge Fui acumulando cicatrizes E nem por isso eu mudei minhas diretrizes Sem atalho, sem semblante infeliz Só pegadas que eu mesmo fiz Subi o monte durante essa trilha E fui aprendendo com a minha própria vida E vendo o quanto eu não sei nada ainda A estrada é insana e cheia de armadilhas Com os pés descalços caminho na areia Trago um amuleto e a luz que clareia O brilho nos meus olhos e a fé que rodeia Conduz a direção nessa estrada estreita