João Vilarim

Sagrado

João Vilarim


Por você que canto assim os meus versos de liberdade
Por você que vivo assim numa eterna mocidade
Quero não podar meus sentimento pois o mundo que sustento é de pó donde pisei
O vento sopra um sonho estradeiro varre um rastro boiadeiro da boiada indo além

Por você que banha afim de tirar um pecado de guerra
Por você que escava afim de esculpir os relevos da terra
Água do suor, água da chuva gotejando em suas curvas pras colinas modelar
Arranca da garganta a sede seca, numa prece em opereta sertaneja a lhe ofertar

Por você que tenho fé zelando por nossa riquezas
Por você que prova até o limite de nossas fraquezas
Vem a morte, a dor, alma ferida semeando nova vida que de um corpo se formou
Gera neste ventre cristalino vindo em forma de um menino que de amor se consagrou

Por você que choro assim vendo as marcas da crueldade
Por você que imploro sim esperanças para a humanidade
Gotas deste pranto desta gente, faz vingar sua semente ouro verde plantação
Novas gerações chegando a terra vêm surgindo nova era preservando a criação