Se segura na gibeira, estou entrando na fronteira Tô querendo acomodar Sua terra é o meu caminho, prometo lhe ter carinho Não querendo incomodar Não quero ser intruso, o meu chão não tem mais uso Esta é a triste sorte de um fazendeiro de porte Ser na terra um vagabundo Me entenda companheiro não quero nem dinheiro Pra minhas crias alimentar Tô atrás de esperança e rosinha e as crianças Sei que um dia vou buscar O sol secou meu chão, coronéis minha ilusão Noutras terras tô perdido, meu sonho foi abatido Junto com minha plantação Tô esperando sua resposta aceito outra proposta Pra aqui poder ficar Neste mundo desumano é um risco fazer planos Para os filhos sustentar Não cheguei de passaporte, para me encontrar com a morte Sou um "paraíba" um "severino", rogo por jesus menino Para eu voltar pro norte