João Só

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João Só


O mundo é redondo
E um dia há-de dar a volta
E as pontas soltas vão-se atar
Vão-se atar

Calma, calma
É conselho apressado e não acalma ninguém
E isso de ver só ao longe
Não enxerga o que aí vem

Quando é intenso nem lá vai com bom senso
Nem lá vai com incenso
E eu dispenso sofrer por antecipação
Pé na tábua e fé em Deus até à próxima estação

O Sol brilha mas nem sempre aquece
E a minha sombra quase já não me conhece
Só é o fim do mundo na minha cabeça
Fogo de artifício a rebentar-me na testa

Quando é intenso nem lá vai com bom senso
Nem lá vai com incenso
E eu dispenso sofrer por antecipação
Pé na tábua e fé em Deus até à próxima estação
Quando é intenso nem lá vai com bom senso
Nem lá vai com incenso
E eu dispenso sofrer por antecipação
Pé na tábua e fé em Deus até à próxima estação
Quando é intenso nem lá vai com bom senso
Nem lá vai com incenso
E eu dispenso sofrer por antecipação
Pé na tábua e fé em Deus até à próxima estação

Até à próxima estação
Até à próxima estação