Cai o sereno da madrugada Pelas montanhas do meu país Enquanto desço por essa estrada Entre soluços tão infeliz E lá no alto numa casinha Alguém soluça tal qual a mim Porque chegamos ao fim da linha De uma história quase sem fim Eu sou a nave do abandono Navio intruso expulso do cais Singrando águas de outro dono Desaparece pra nunca mais Quarenta noites, quarenta dias Nessa casinha a gente amou Feliz momentos de poesia Que a despedida já enlutou Adeus casinha dos meus amores Adeus riacho da solidão Que mansamente carregam flores Enquanto levo desilusão Eu sou a nave do abandono Navio intruso expulso do cais Singrando águas de outro dono Desaparece pra nunca mais