To chegando enforquilhado No tostado pangaré, Já saltei arremangado E venho mal intencionado Com as bata a meio pé. Pandeirando uma marquita Na cabeça dos arreios, Uma escolta de bargudos Pra lidar com os cupinudos Retovado e sem costeio. Na primeira clarinada, Meu mate já cevado. Quando o sol espicha os raios, Me agarra fechado um baio Já de rodeio parado. Refrão: Quem quiser que se engarupe No verso gauchão Pra seguir enforquilhado Se embalando pros dois lados Na balaça do bridão. Quem tem a alma campeira Jamais se aparta do pingo, Não se enreda nas esporas E se roda a campo fora, Abre a perna e sai se rindo. Trago o orgulho enraizado, Nesse trono que eu herdei Por este rinção nativo, Me chamam de pé no estrivo Porque assim que me criei. Deste jeito to chegando Com essas coplas por diante Na semeadura do canto, Trago esses versos de campo, Que for campeiro, que plante.