Trago restolhos de baile dum galpão de chão batido E um milongão campo afora me cochichando no ouvido Se o patrão me olhar de lado, com quem diz: Isso é hora? Qualquer coisa me despacho, pego os traste e vou me embora Oigalê vida lindaça, de China baile a cavalo Só que as vezes me atrapaio e esqueço o cantar dos galos Oigalê vida lindaça, de China baile a cavalo Só que as vezes me atrapaio e esqueço o cantar dos galos A lida campeira e um baile, o campo, um baita galpão Das patas do meu crioulo, vou marcando um milongão A lida campeira e um baile, o campo, um baita galpão Das patas do meu crioulo, vou marcando um milongão De cavalo não judio, cavalo pra mim é gente Sente dor, tem corpo e alma, só o desenho é diferente Solta um pelo de capincho, arrebentando alambrado Golpeio na armada do diabo, pra deixar de ser lasqueado Amanhã me vou ao bochincho, só volto ao clarão da aurora Trazendo um resto de baile, num milongão campo afora Trazendo um resto de baile, num milongão campo afora Um milongão campo afora, um milongão campo afora Trazendo um resto de baile, num milongão campo afora Um milongão campo afora, um milongão campo afora Trazendo um resto de baile, num milongão campo afora