Me sento nessa calçada Nessa preguiça, nessa apatia Sou dono da rua, do nada Sombra que é minha já não me guia Vagabundo da noite e do dia Vagalume que nos alumia Sou dono dessas calçadas Da fome que tu sacias Meu medo, meu pé nessa estrada Tangido pela ventania Molhado no suor dos santos Que tremem na revelia Vagabundo da noite e do dia Vagalume que nos alumia Me sento na praça do povo E era um país ou alguma agonia Me sento no meio do povo Meio transe ou fantasia Vagabundo da noite e do dia Vagalume que nos alumia Que eu não esperava nada Só queria uma sangria Metade cabeça virada Historia assim não se inicia Viver querendo ser santo Pra morrer na revelia Vagabundo da noite e do dia Vagalume que nos alumia