Siriema do cerrado A pisar o chão molhado Do orvalho que caiu Cante para o sol surgindo Aos botões que vão de abrindo E pra lua que dormiu Eu fiz sol na vida dela E o luar do amor foi ela Mas sumiu não sei porque Siriema das campinas É igual a minha sina O destino de você Siriema do cerrado Magoado é seu cantar Por planícies e montanhas Acompanha o meu penar Vai seguindo os boiadeiros Forasteiros e paixões Você é a sentinela Nas janelas dos sertões Siriema do cerrado Minha vida é um descampado Como os campos no verão Siriema do meu peito A bater insatisfeito É meu triste coração Sou vaqueiro das estradas A tocar minha boiada De saudade e solidão Quando ouço o seu canto Sinto um ribeirão de pranto Me brotar do coração.