João Nogueira

Besouro da Bahia

João Nogueira


Besouro na mão mata um
Cuidado com seu zum zum zum

Besouro sabia que tinha um que que reque do seu lado
Um que não sei do seu que fazia
Besouro de corpo fechado
Na lapa na briga de tapa
No rapa na faca e facão
O besouro só sossegava
Quando se cantava o refrão

Quando eu morrer me enterre na lapinha
Quando eu morrer me enterre na lapinha
Calça colote paletó almofadinha
Calça colote paletó almofadinha

Da tirania foi combatedor
Da liberdade foi um defensor
Morreu pois sempre existe um traidor
Mas mesmo só na covardia
Mangangá foi apunhalado
E na roda da valentia
O seu nome ficou gravado
O mestre besouro da bahia.