O som da viola bateu No meu peito doeu, meu irmão Assim eu me fiz cantador Sem nenhum professor aprendi a lição São coisas divinas do mundo Que vem num segundo a sorte mudar Trazendo pra dentro da gente As coisas que a mente vai longe buscar Trazendo pra dentro da gente As coisas que a mente vai longe buscar Em versos se fala e canta O mal se espanta e a gente é feliz No mundo das rimas e trovas Eu sempre dei prova das coisas que fiz Por muitos lugares passei Mas nunca pisei em falso no chão Cantando interpreto a poesia Levando alegria onde há solidão Cantando interpreto a poesia Levando alegria onde há solidão O destino é o meu calendário O meu dicionário é a inspiração A porta do mundo é aberta Minha alma desperta Buscando a canção Com minha viola no peito Meus versos são feitos pro mundo cantar É a luta de um velho talento Menino por dentro sem nunca cansar É a luta de um velho talento Menino por dentro sem nunca cansar Caminheiro que lá vai indo Pro rumo da minha terra Por favor faça parada Na casa branca da serra Ali mora uma velhinha Chorando o filho seu Essa velha é minha mãe E o seu filho sou eu Vai caminheiro Leva esse recado meu Por favor diga pra mãe Zelar bem do que é meu Cuidar bem do meu cavalo Que o finado pai me deu Do meu cachorro campeiro Meu galo índio brigador Minha velha espingarda E o violão chorador Vai caminheiro Me faça esse favor Caminheiro diga pra mãe Para não se preocupar Se Deus quiser esse ano Eu consigo me formar Eu pegando meu diploma Vou trazer ela pra cá Mas se eu for mal nos estudos Vou deixar tudo e volto pra lá Oi caminheiro Não esqueça de avisar Oi caminheiro Não esqueça de avisar