João Neto e Frederico

O Ipê e O Prisioneiro

João Neto e Frederico


Quando há muitos anos fui aprisionado nesta cela fria
Do segundo andar da penitenciária lá na rua eu via
Quando o jardineiro plantava um ipê
E ao correr dos dias ele foi crescendo e ganhando vida
Enquanto eu sofria

Meu ipê florido junto à minha cela
Hoje tem altura de minha janela
Só uma diferença há entre nós agora
Aqui dentro as noites não tem mais aurora
Quanta claridade tem você lá fora

Vejo em seu tronco cipó parasita te abraçando forte
Enquanto te abraça suga a tua seiva te levando à morte
Assim foi comigo ela me abraçava depois me traía
Por isso a matei e agora só tenho sua companhia

Quando há muitos anos fui aprisionado nesta cela fria
Do segundo andar da penitenciária lá na rua eu via
Quando o jardineiro plantava um ipê
E ao correr dos dias ele foi crescendo e ganhando vida
Enquanto eu sofria

Meu ipê florido junto à minha cela
Hoje tem altura de minha janela
Só uma diferença há entre nós agora
Aqui dentro as noites não tem mais aurora
Quanta claridade tem você lá fora

Vejo em seu tronco cipó parasita te abraçando forte
Enquanto te abraça suga a tua seiva te levando à morte
Assim foi comigo ela me abraçava depois me traía
Por isso a matei e agora só tenho sua companhia

Meu ipê florido junto à minha cela
Hoje tem altura de minha janela
Só uma diferença há entre nós agora
Aqui dentro as noites não tem mais aurora
Quanta claridade tem você lá fora