O rangido da porteira Em uma estrada deserta Para quem vive esperando É um aviso de alerta Para quem tem alma ferida Uma tristeza desperta Para quem vive abandonado A paixão o peito aperta Bate porteira O meu peito é o seu mourão Cada vez que você bate Machuca meu coração A porteira quando bate Nos confins lá do sertão É o martelo da saudade Que me traz recordação Daquele primeiro dia Que peguei em sua mão A porteira então bateu Para nossa saudação Você me deixou um dia Foi morar na eternidade Fechou para mim a porteira Da minha felicidade Só vejo a sua imagem No eco da crueldade Da porteira quando bate Na estrada da saudade