Do jeito que me contaram Eu vou contar bem direitinho Que um dia o pai de Suzana Saiu passear no vizinho Suzana ficou em casa Companheiro era um irmãozinho Um preto estava sondando Dentro de um capãozinho Aproveitou a oportunidade Roubou a pobre mocinha O preto disse a Suzana Vejam todos os seus vestidos Bem depressa e bem ligeiro Que o momento está vencido Que de hoje por diante Eu vou ser o seu marido Suzana entristecida Dava suspiro doído Ela se viu obrigada Acompanhar o preto fugido Suzana se viu no aperto Consigo ela pensou Ai, pegou um punhado de sal E consigo ela levou Deixou o sal esparramado Por todo o lugar que andou Papai vem seguindo o sal E vem achar aonde estou Justamente saiu certo Como a Suzana pensou O preto era indecente Em mal estado ele se achava Já fazia muito tempo Que na mata ele habitava Com a roupa toda rasgada Quase sem roupa se achava Cabelo estava comprido As unhas ele não cortava Parecia fera bruta Que nas montanhas morava O preto disse a Suzana Eu sou de cor, mas sou de raça Você vai morar comigo E sem comer você não passa Eu tenho o meu trabuco Que é meu matador de caça Não tenta fugir de mim Este papel você não faça Se você tentar fugir Ai, você deita na fumaça Pra Suzana não fugir No colo dela ele deitou Ai, ele já pegou no sono E seu querido pai chegou Pôs o revólver no ouvido Ai, um tiro ele disparou O preto estava dormindo Como tava ele ficou Tava com sono pesado Nunca mais ele acordou