João Miranda e Marcelito

Algemas da Vida

João Miranda e Marcelito


Graveto não dá carvão, e caixão não tem gaveta
Maestro usa a batuta, baterista a baqueta
Não aprovo a ciência, com seus clones e provetas
Se entregaram por amor, o Romeu e a Julieta
Raramente um bebê, recusa mel na chupeta

Se sopa fosse dinheiro, pobre nascia sem boca
Lavrador usa chapéu, e o bebê usa touca
Sempre senti atração, por mulheres da voz rouca
Pecuarista se arrepia, com o mal da vaca louca
Minha cachorra sem rabo tem o nome de Pitouca

Abelha voa de bando, e duas a maritaca
A dupla e a poesia, quando é boa se destaca
Nenhuma castanha é dura, para os dentes de uma paca
O sinônimo de bobo, pro caipira é babaca
Se um dia eu levar chifre, eu não trato mais da vaca

A natureza é quem pinta, todas penas do cuitelo
Ser humano quando nasce, todos eles são banguelos
A algema é um símbolo, da união entre dois elos
E para a abelha rainha, a colmeia é seu castelo
O melhor país do mundo, é o Brasil verde amarelo