O mundo se veio abaixo numa tarde mormacenta Nuvens pretas de tormenta rebojavam em escarcéu Raios riscavam o céu com trovoadas barulhentas E o bagual, suando nas ventas, se desmanchava em tropel De contrario à ventania, o meu pala retorcido De bigode repartido, cortamos trilha e ladeira Esfiapando a barrigueira, não vi nada parecido E eu firme nos estribo', juntava chuva com poeira Era ligeiro o meu Zaino e, pra escapar do mandado Me fui de chapéu tapeado em direção ao capão Cruzamos o capoeirão, meio pelego encharcado Na frente, o chão ressecado dos cascos do meu campeão Ai! Ai! Ai! Meu Zaino da estimação Nunca correu uma carreira Mas, pra mim, era campeão Ai! Ai! Ai! Meu Zaino da estimação Nunca correu uma carreira Mas, pra mim, era campeão O mundo se veio abaixo numa tarde mormacenta Nuvens pretas de tormenta rebojavam em escarcéu Raios riscavam o céu com trovoadas barulhentas E o bagual, suando nas ventas, se desmanchava em tropel O meu lenço não viu chuva, pois o Zaino era um corisco Fomos levantando cisco de volta pro meu galpão E o pingo do coração, domado à moda campeira Nunca correu uma carreira mas, pra mim, era campeão Era ligeiro o meu Zaino e, pra escapar do mandado Me fui de chapéu tapeado em direção ao capão Cruzamos o capoeirão, meio pelego encharcado Na frente, o chão ressecado dos cascos do meu campeão Ai! Ai! Ai! Meu Zaino da estimação Nunca correu uma carreira Mas, pra mim, era campeão Ai! Ai! Ai! Meu Zaino da estimação Nunca correu uma carreira Mas, pra mim, era campeão