Nesses bailongos de grosso, Onde a gaita se arreganha Me sinto muito mais moço, Quando uma china se assanha Depois de enxaguar o pescoço Numa beiçada de canha Cincho até “fazê” caroço, Saio cachoaiando os ôsso Num estilão de campanha! Até vou dançar mais essa, quem não sabe não se meta Prá me manear tô sem pressa, faço o que vem na veneta Quando a prosa se atravessa, saio roncando a lambreta O gaiteiro caiu nessa, prá sustentar a promessa Já tá rachando as “paleta” O meu destino eu não acho, Desde que fiquei taludo Casamento é um baita diacho, Com cambicho eu não me iludo Prefiro arrepiar o penacho, Num fandangaço cuiudo Na vaneira me despacho Mas depois que eu me emborracho Solto o pé e danço de tudo! Se tudo que a gente gosta, É pecado e não convém Desconfia da proposta, De quem diz que me quer bem Quando o matungo se encosta, O cabresto logo vem Em “garraio” não se aposta, Bolicho e mulher disposta Quem gosta sabe onde tem!