Pra ti que és um gaúcho, mesmo não sendo daqui Traz costumes ajojados na forma simples de agir A mareira singular que, a todos, sempre seduz A fé no sinal da cruz quando é hora de partir Honrando esta bandeira, mesmo longe da querência Tens a raiz e a essência de quem carrega o legado No peito, vai' as lembranças e uma ponta de esperança De, um dia, voltar no estado Se voltar, será bem-vindo, encontrará um pago lindo Hospitaleiro e sem luxo Pode gritar sem receio, estando ou não no meio Sempre serás um gaúcho Se voltar, será bem-vindo, encontrará um pago lindo Hospitaleiro e sem luxo Pode gritar sem receio, estando ou não no meio Sempre serás um gaúcho Quando longe do Rio Grande, vier a saudade daninha Escutando o Teixeirinha, ou, então, Gildo de Freitas Vai sentir teu pago inteiro batendo dentro do peito E verás que, deste jeito, parceiro, tudo se ajeita Lá fora, sei que carrega, bem junto do' teus pessuelos Pra te servir de sinuelo e possa aguentar o repuxo Junto à tarde, no arremate, teus velhos avios de mate Porque tu és um gaúcho Se voltar, será bem-vindo, encontrará um pago lindo Hospitaleiro e sem luxo Pode gritar sem receio, estando ou não no meio Sempre serás um gaúcho Se voltar, será bem-vindo, encontrará um pago lindo Hospitaleiro e sem luxo Pode gritar sem receio, estando ou não no meio Sempre serás um gaúcho