Eu parto por longos caminhos, meu pai, minha mãe, atenção Atendam a esses pedidos do filho do seu coração Não vendam os bois da carreta, criados com estimação Não peguem as coisas que eu deixo guardadas no velho galpão Não peguem as coisas que eu deixo guardadas no velho galpão Não mexam na fonte da serra, tem muitos bichinhos por lá A toca do muro de pedra, lembranças dos tempos de piá Não serrem os pés de pinheiro, moradas de muito Irapuá Não cortem as lindas palmeiras, lugar do cantor Sabiá Não cortem as lindas palmeiras, lugar do cantor Sabiá Não tirem o verde dos campos, beleza que, a muitos, consola Não colham as flores das matas, nas quais o perfume se enrola Não deixem armar arapucas, as aves não querem gaiolas Seu canto nos traz melodias que rimam ao som da viola Seu canto nos traz melodias que rimam ao som da viola Daqui algum tempo, Deus queira que eu volte sem mágoas, sem ais Que eu possa abraçar novamente os velhos queridos meus pais Que eu sinta meu pago dileto feliz a cantar madrigais Que eu veja meu mundo de outrora com todas as coisas iguais Que eu veja meu mundo de outrora com todas as coisas iguais