Nasci no meio do campo, no meu torrão missioneiro Tenho orgulho em ser campeiro, por isso que não me calo Sobre os arreios me embalo e atiro cruzando o rastro Cortando nacos de pasto com as patas do meu cavalo Me vim no mundo por taura, parido meio ao relento Os olhos do firmamento deram rédea ao meu destino Cresci mundeiro e teatino, domando pelas estâncias A lida foi minha infância, minha escola e meu ensino A lida foi minha infância, minha escola e meu ensino Sou gaúcho, sou campeiro, não sou de frouxar o garrão Sou domador e ginete no meu ofício de peão Sou gaúcho, sou campeiro, não sou de frouxar o garrão Sou domador e ginete no meu ofício de peão Trago a cultura do pampa na estampa, por reverência E um linguajar de querência, mescla de campo e cidade Só quem conhece a verdade e a história do meu passado Pra respeitar meu legado e a minha xucra identidade Das coisas simples da vida, faço, do pouco, o bastante A sorte, toco por diante num andejar soberano Meus primores cotidianos, a china por excelência Que enfeita minha vivência nas quatro estações do ano Que enfeita minha vivência nas quatro estações do ano Sou gaúcho, sou campeiro, não sou de frouxar o garrão Sou domador e ginete no meu ofício de peão Sou gaúcho, sou campeiro, não sou de frouxar o garrão Sou domador e ginete no meu ofício de peão